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Bate a Poeira

Karol Conká

Os perturbados se prevalecem
Enquanto atingidos adoecem
Palavras soltas que aborrecem
Esperança depois de uma prece

Um povo com crise de abstinência
Procura explicação para existência
Num mundo onde dão mais valor para aparência
Tem sua consequência

Negro, branco, rico, pobre
O sangue é da mesma cor
Somos todos iguais
Sentimos calor, alegria e dor

Krishna, buda, Jesus, alá
Speedy e black profetizou
Nosso Deus é um só
Vários nomes para o mesmo criador

Pouco me importa sua etnia
Religião, crença, filosofia
Absorvendo sabedoria
Desenvolvendo meu dia a dia

Nesse mundo poucas coisas são certas
Amor, sorte, morte a vida que se leva
Do sul para o norte da asia a América
Seja humano o erro te liberta

Seja o que tiver que ser, seja o que quiser ser
Bate a poeira, bate a poeira
Seja o que tiver que ser

O preconceito velado tem o mesmo efeito, mesmo estrago
Raciocínio afetado falar uma coisa e ficar do outro lado
Se o tempo é rei vamos esperar a lei
Tudo que já passei, nunca me intimidei
Já sofri, já ganhei, aprendi, ensinei
Tentaram me sufocar mas eu respirei

Há tanta gente infeliz com vergonha da beleza natural
É só mais um aprendiz que se esconde atrás de uma vida habitual
Gorda, preta, loira o que tiver que ser
Magra, santa, doida, somos a força e o poder
Basta chegar agora levanta a cabeça e vê
Vem cá, viva, sinta o que quiser você pode ser

Nesse mundo poucas coisas são certas
Amor, sorte, morte a vida que se leva
Do sul para o norte da asia a América
Seja humano o erro te liberta

Seja o que tiver que ser, seja o que quiser ser
Bate a poeira, bate a poeira
Seja o que tiver que ser


Composição: Nave, Karol Conka





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