Querem invadir o seu terreiro
Esconder o seu pandeiro
Afrouxar seu tamborim
Querem alterar sua batida
Como se a fosse a medida
Pra tirar você de mim
Querem mudar sua identidade
Sem saber sua verdade
A sua vontade, enfim
Pensam que se mata essa magia
Mas a minha poesia
Nunca vai dizer que sim
Então respondo, vou cantando, vou compondo
Não se enquadra o que é redondo
Nem se cala um samba assim
Cheguei primeiro
Sou do Rio de Janeiro
O meu samba é verdadeiro
E jamais verão seu fim