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O Alquimista

Jota Maranhão

Por quantas vezes eu fiquei
pensando em nós a beira mar
Por quantas vezes eu saí por aí sem direção
Quis te esquecer mas foi em vão
Em cada canto eu encontro uma ponta de recordação
Até o perfume sutil de quem passa por mim

Por quantas vezes eu me vi
Tão dependente de você
Ah se eu pudesse ser o dono de mim
Meu coração não tava assim na solidão

Mas quando você chega não existe nem mais solidão
E como um corte que dói
mas que nunca existiu

E eu alquimista nas artes do amor
me vejo preso a você
no desvairio de pele e suor
o amor é o gozo maior
que a razão de viver







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