Na água do bebedouro encho minha borracha
Vou campear na serra uma estrela azulzinha
Na água do bebedouro mato minha sede
E armo a minha rede nas paredes dos meus versos
E pensar que o paraíso é silêncio e preciso
E não é preciso ter mais do que se tem para viver
E o tempo é que se encarrega de dizer
Que a água que mata a sede enche o olhos de prazer
Na água do bebedouro lavo minhas mágoas
Como um rio que deságua na represa do querer
Na água do bebedouro vou apear da sela
E abrir a cancela dos meus sonhos de menino