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Coco Mateiro

Josildo Sá

Côco velado resinado oleoso
Folheado fedegoso faz o cabelo formoso
Mulher varrida preferida e atirada
Escorrega da escada quando vê o seu amor

Venho falar do calango corredor
Assustado no lageiro quando o mateiro passou
Da mala e cuia rapadura e alfenim
Tempero e alecrim carregando o seu andor

E toda onça catucada com esporas
Funga feito tatu-bola arruando vira cantor
Comendo visgo enganchando pelos dentes
E o bailado da serpente arrepiando com dor

Se puxa-puxa
Ligasse com liga-liga
Tava fechada a ferida
Que a saudade deixou






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