Viola, meu cofre de pinho, onde conserva em segredo
O canto das aves que um dia, pousaram em seu arvoredo
É hoje uma arma de guerra, juntinho de meu coração
Matando saudades e tédios, tristezas e magoas, cruel solidão.
Dueta viola comigo, e faça este povo cantar
O canto de paz que dá vida prá vida que eu vivo a sonhar.
Seu braço é uma lâmina fria, que corta a dor pela raiz
Traz luz aos que vivem nas trevas, e amor prá quem vive infeliz
Agora apoiada em meus braços, na mesma trincheira do amor
Matamos as mágoas do mundo, com notas sonoras, em forma de flor.
O som e os acordes caminham, por suas dez cordas de aço
E voam levando mensagem, no azul infinito do espaço
Viola que vem da floresta, porque é natural do sertão
Vem acompanhar minha voz, a voz que é meu grito, meu grito de chão.