Velho relógio, coração do tempo, que vai batendo e arrastando a vida
marcando as horas de cruel saudade, que eu passo longe de você querida.
Quando partiste ao me ver chorando, disseste: breve voltarei, meu bem,
passaram as horas no relógio antigo, os anos vieram e só você não vem.
Seu tic-tac no vazio da noite, são como vozes me dizendo assim:
eu sou aquele que partiu pra sempre, já não convém mais esperar por mim.
Sinto morrer meu coração cansado, qual um relógio a soluçar de dor
quando parar na solidão do peito, saiba querida que eu morri de amor.