Galopando, galopando
Meu cavalo verdadeiro, ei, ei, ei, oi!
Por este mundão de Deus
todos sabem que sou eu, o menino boiadeiro.
Logo na infância me trocou o mundo mau
meu cavalinho de pau por cavalos verdadeiros
Deixei a gaita que eu tocava pro paizinho
para ouvir pelos caminhos o chorar do berranteiro.
Perdi meu pai num estouro de boiada
minha mãe emocionada pouco tempo mais durou
Fui recolhido pelos peões viageiros
Dormindo sobre os baicheiros que o destino me entregou.
Troquei os bancos da escola por barrancos
a neblina é o livro branco que eu preciso preencher
Páginas vivas de alegrias e tristezas
Meu diário de surpresas para ler quando crescer