O moço jardineiro com mãos habilidosas
Plantava lindas rosas no largo da matriz
Para que no futuro aqueles moradores
Pudessem ver nas flores razão pra ser feliz
Com a noiva ele sentava no banco da pracinha
Depois na capelinha ao noivo prometia
Que as primeiras flores colhidas da roseira
Aos pés da padroeira ela as colocaria
Você não viu os espinhos
Que a flor da vida tem
Por eles foi ferido
E qual botão caído
Voce morreu também
Um dia o coração do moço jardineiro
Parou entre os canteiros de sua alma em flor
E as rosas prometidas à santa do altar
Ela foi entregar ao seu querido amor
Por obra do destino, a flor, vida da terra
Cobriu na primavera a quem vida lhe deu
E aos jardins do céu, ela o acompanhou
A vida semeou, e a alma é que colheu