Mata molhada – de chuva
Chuva que cai – no sertão
Sertão coberto – de nuvem
Nuvem cobrindo – meu chão
A gota d´agua na folha
Pingando sobre uma flor
Também dos olhos chorando
Pinga meu pranto de dor
Mata molhada dá vida
Pra vida da natureza
Pranto molhando meu peito
Retrata minha tristeza
As avezinhas na mata
Após a chuva passando
Anunciam primaveras
Nas flores desabrochando
A tempestade de mágoa
Que chove dentro de mim
Matou as flores que eram
Da minha vida um jardim
Após a chuva, a folhagem
Os seus cabelos enfeitam
E os insetos anunciam
Pro ano boa colheita
Eu plantei e não nasceu
No solo duro da dor
E perdi com seu desprezo
Minha colheita de amor