Café maduro
Colar vermelho como pedras de cristal
Gotas de sangue
Brotam do verde coração do cafezal
Café maduro fruto do trabalho
Do lavrador que labutou com o chão
Molhando a terra com o seu suor
Vê suas flores transformar-se em grãos
Canto de abelhas sobre as verdes ramas
Formam a grande orquestra do sertão
E o roceiro vê com alegria
A sua luta que não foi em vão
O cafezal imenso se desgalha
Na grande carga que este ano deu
Porque a geada não caiu no inverno
E na florada, no sertão choveu
Aquele cheiro de fartura espalha
Dos grãos vermelhos incrementando o ar
E o roceiro com toda a família
Já se prepara para derriçar