Não poderia o mais famoso dos pintores, desenhar todas as cores, do meu sitio ao pé da serra
Visto de longe é um painel do céu caído, qual um pano colorido, estendido sobre a terra
É verde claro a cor do canavial, é amarelo o arrozal, mesmo quando está de pé
Depois de seco tem o milho a cor marrom, é branquinho o algodão, e as florzinhas de café

E o girassol amarelinho se embalando, vai do sol acompanhando, todo o giro que ele dá
Sol que derrama, pó de ouro sobre as flores, fazendo ganhar mais cores, as flores que existem lá

A cor do lago é de um azul prateado, de verdes matas rodeado, onde a luz do sol se espelha
As azaleias em torno do roseiral, formam em volta do quintal, um colar de flor vermelha
Todas as cores enfeitam meu sitiozinho, junto as margens de um caminho, que vem dos grandes sertões
Parece um vaso na sala da natureza, colocado sobre a mesa, um chão de lindos botões.