Dizem que o pé de amora, em épocas passadas, foi a mais desprezada, das plantas do pomar
Ela não dava flores, e nem seus verdes galhos, serviam de agasalho, pras aves do lugar
Até que o moço escravo, ali foi surpreendido, ofertando um tecido à filha do patrão
No mesmo pé de amora ele foi amarrado, e ali foi espancado até tombar no chão.
Qual gotinhas vermelhas, seus frutos hoje são,
O sangue que alguém,
por querer tanto bem,
morreu na escravidão.
Depois daquele fato, como que por encanto, foi descoberto o quanto suas folhas têm valor
Ela produz a seda igual a que o escravo, um dia presenteava o seu querido amor
Seu fruto, igual gotinha de sangue pendurado, da lenda do passado todos conhecem agora
A alma torturada do escravo se fez vida, na lenda conhecida do verde pé de amora.