Sou um cara simples
Minha história é tão comum
Troquei minha segurança
Por um mundo só de sonhos e promessas vãs
É sempre assim, quando a gente ouve só aquilo que deseja ouvir
Quando eu sai de casa era apenas um guri
E cercado de estranhos
Eu andava pela estação sem decidir
Onde ir? Procurando por lugares onde a sorte possa estar
Esperando alguém pra me acompanhar
Lá, lá, lá
Na cidade grande e fria procurei me entregar
Mas ninguém me ouvia
Só mulheres que chegavam pra me convidar
Vou confessar, me sentia tão sozinho que topava até pagar
E o tempo foi passando mais depressa que os trens
E depois de tanta luta tudo é tão igual
Tão igual, tudo igual
No inverno escuro e frio
Eu pensando em fugir e voltar
Pra onde o ar dessa cidade não sufoque mais
Vou fugir, vou voltar
Na arena existe um homem
Lutador por profissão
Que carrega as lembranças
De cada vez que foi ao chão
Por um murro ou por dinheiro
Quantas vezes quis fugir
Mas no fundo ele sabia que é preciso resistir, insistir