Nas noites enluaradas /
Na formosa Toledo
Alguém esconde um segredo /
Um amor proibido
E uma janela apagada /
É o que restou, mais nada!
Dentre as lembranças que a noite
/ Consigo guardou um dia
E nas trevas de amor /
Que então vai dizendo
Fala de um coração cheio de ternura /
Que esquecer procura
Um amor negado /
E exala em segredo, infinda amargura.
E o trovador de Toledo /
Pelas noites escuta
E toda gente pergunta /
Qual será o segredo
De uma janela apagada /
De um balcão deserto
De uma paixão sufocada /
Por quem está longe e perto.
Mas no seu coração cheio de amargura
Guarda o trovador, uma esperança
Sem saber o carinho que então procura
Já é de outro e que a espera
É inútil, inútil....