Quando o sol descamba á tardinha no horizonte
Recordo o mate amargo e apeio do cavalo
Saudade que restou no coração, lembranças do que
Foi só ilusão
A noite vai caindo e o sereno que inspira o cantar dos grilos
Põe duetos no rincão. Morena que amei e não mais esqueci
Em breve eu...estarei por aí.
Ao trote da saudade meu cavalo também vai
Coberto de poeira cada milha a cavalgar
Como um cometa a rasgar a escuridão
Levando esta sina de chegar ao meu rincão
Parece entender de solidão.
No meio da noite atiço o fogo e o braseiro
Dou água pra o cavalo do seu trote a descansar
Carrego muitas milhas desse chão, nas manhãs
Provoco o alazão.
Faltando muito pouco e ânsia de chegar passeiam pensamentos
Adormeço em puro chão. A capa e o chapéu protegendo este peão
Encharco de sereno a solidão.
Composição: Jocelino Alves