João Teixeira Guimarães, violeiro, violonista e compositor, nasceu em Jatobá, PE, no dia 2/11/1883 e morreu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 16/10/1947.
Filho de índia caeté e de português, criança (12 anos) já dedilhava viola, que aprendera com cantores e violeiros sertanejos de sua cidade.
Com o falecimento de seus pais, mudou-se para Recife, onde foi aprendiz de ferreiro.
Em 1902 mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a residir com sua irmã empregando-se numa fundição. Seis anos depois passou a trabalhar como servente na prefeitura do Rio, mudando-se para uma pensão no centro da cidade.
Passou a conviver então com grandes violonistas populares, aperfeiçoando-se no instrumento, sempre autodidata.
Grande conhecedor de músicas sertanejas nordestinas e já também compositor, Pernambuco conheceu Catulo da Paixão Cearense, com quem passou a compor cantigas inspiradas neste folclore. Em 1911 compõem o coco Engenho de Humaitá, que, dois anos mais tarde, se transformaria na famosíssima Luar do sertão. Comporiam também Caboca di Caxangá, sucesso no carnaval de 1914.
Já reconhecido musicalmente, formou então o Grupo Caxangá, que lançou um nova moda musical no país, pois vestiam-se como sertanejos nordestinos e tocavam suas cantigas em instrumentos típicos. O grupo, que além de João Pernambuco, contava com músicos como Pixinguinha e Donga em sua formação, teve seu auge em 1914, só dissolvendo-se em 1919. Pernambuco passou então tocar nos grupos Turunas Pernambucanos e depois no Oito Batutas.
Dedicando-se ao recolhimento de temas folclóricos, muitas de suas composições e adaptações, seriam gravadas pela cantora Stefana de Macedo.
Excelente violonista chegou a trabalhar em estúdios de gravação, tais como Casa Edison, Columbia e Phoenix.
Sua obra foi amplamente estudada e gravada. Dentre os artistas que o gravaram destacamos: Paraguassú, Augusto Calheiros, Altamiro Carrilho, Carlos Poyares, Jacob do Bandolim, Gregório Barrios, Marlene, Hebe Camargo, Lúcio Alves, Helena de Lima, Elizeth Cardoso, Maysa, Marisa, Antônio Adolfo, Nó em Pingo D’água, Raphael Rabello, entre tantos outros.