Danilo
Polca
Ao despedir-se de minha doce namorada
Um beijinho selou nossa despedida
Fui ocupar a poltrona trinta e cinco
De um monobloco que estava de saída.
Quis o destino por maldade ou ironia
Que a poltrona trinta e seis fosse ocupada
Por um alguém que eu deixei um certo dia
Qual a razão não me lembro quase nada!
No toca fita tem a nossa melodia
E da poltrona trinta e seis ela sorria!
E nos seus olhos cor do céu, aquele mesmo amor
E nos teus lábios um convite para um beijo meu
Tomei seu rosto com carinho entre minhas mãos
E prometi que desta vez não haveria adeus!
Ao sabor da velocidade ela me abraçou
Se uniram nossos lábios, o tempo parou,
O monobloco de carinho transbordava
O longo asfalto em céu azul se transformava!
No toca fita tem a nossa melodia
E da poltrona trinta seis ela sorria!
Os sonhos que me iludiram se desmoronou,
Quando o cordão ca campainha ela puxou;
E seu olhar banhado em pranto a me pedir perdão
Quando ceifava o nosso adeus, lhe estendi a mão!
O monobloco então parou, meu coração também
Ela desceu, foi recebida por um outro alguém,
Juntinho dela todo o meu amor ficava
Todos me olhavam, pouco importa, eu chorava!