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Campeirismo Sagrado

João Luiz Corrêa

Com esse chapéu de aba larga, preso pelo barbicacho
Eu as vezes penso e acho, que o campeirismo é sagrado
E que fui abençoado, gauderiando Sesmarias
Nem bem clareia o dia, a espora tá no garrão
De rédeas e buçal na mão, pra costear a rebeldia

Laço na mão de quem não sabe, é caborteiro aragano
São coisas que não me engano, um índio com muita prosa
Paixão e china dengosa, procuram “pisá” o paisano
Paixão e china dengosa, procuram “pisá” o paisano

Não quero ser diferente nem melhor do que os outros
Mas conheço bem os potros com as armas que eu tenho
Faço parte do desenho das paisagens aqui de fora
Do entardecer d’aurora deste rio grande glorioso
Crinudo que arrasta o toso, eu corto ele de espora






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