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Jangadeiro do Norte

João de Barro


Jangadeiro, jangadeiro do Norte
Que ao sopro do vento forte
Soltou sua embarcação
Velas brancas, velas pandas ao vento
Mais leves que o pensamento
E em forma de coração

E, à tarde, quando em bandos
As gaivotas da cor de marfim
Voltam cantando serenas as praias sem fim
De velas em farrapos, a jangada na praia tocou
Porém, jangadeiro, você nunca mais retornou

(intervalo instrumental)

Também pelo mar da minha vida
Tristonha e dorida
Soltei uma frágil jangada chamada ilusão
E, à tarde, quando em bandos
As gaivotas costumam voltar
Somente uma fria saudade voltou a chorar

(repete a primeira estrofe)
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