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Por Casa E Ponteio De Prosa

João de Almeida Neto

Por casa quando me aquieto,
Passei a noite tocando violão
Agradecido da vida aparecida
A lua me fez costado
E eu madrugado era só coração

A saudade por diante era invernada
Cercada de campo, quase nada
Pra quem lida com o gado, o cavalo
E ainda lê no galpão

Milonga, meu milongueio
Meu pedaço de mundo, meu rodeio
Meu ponteio de prosa mimosa
Minha lenha e fogão

Me fui em busca da chaleira pra seguir no mate
Em casa eu mesmo faço a bóia, almoço tarde
Passo o café, ligo o rádio, escuto o noticiário
“Pra o causo” da solidão rondar o meu sinuelo


Golpeado pelo destino o caminho é o mesmo
Onde me apego a animalada e arrasto os meus arreios
Proseando co´a terneirada que anda lambendo os tarros
Fazendo malcriação!






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