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Mundo E Carona

João de Almeida Neto

O Sul que me arregla o passo
Acenta os bastos no meu cavalo
Emala um poncho campeiro
Guasqueando aperos para montá-lo...
Afirma o pé no estribo
Conforme o tino da sua laia
E sangra a saudade xucra
Aguando as rugas na minha cara!

A dor que encilha o mate
Mangueia em parte o que rebanha
E apanha quando se nega
Banqueando as rédeas do coraçăo...
Talvez logo ali por diante
Ela se amanse pela campanha
Nos braços de uma milonga
Cortando o campo pra Uruguaiana!

E saio a camperear "no más"
Até lavar a alma no Rio Uruguai!

A lo largo, encurtando léguas
Boleio a perna enquanto escrevo
E apeio a prosa com o pingo
Atirando o freio!

O amor que sustenta a casa
Arrasta as garras pela mangueira
E atora acha-de-lenha
Trocando orelha com a criaçăo...
Assim de violăo no colo
Esfrega os olhos pela Queręncia...
Quarteando outra milonga
Atando a doma enquanto pensa!






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