João da Baiana participou da famosa gravação organizada por Heitor Villa-Lobos a bordo do navio"Uruguai", em 1940, para o disco "Native Brazilian Music", do maestro Leopold Stokowski, com sua música "Ke-ke-re-ké".
João da Baiana, nome artístico de João Machado Guedes era o mais novo de uma família baiana de 12 irmãos.
As reuniões em casas de baianas eram consideradas "caso de polícia", que perseguia, prendia e apreendia instrumentos como se fossem armas ilegais. De todos os pandeiros apreendidos, João da Baiana só preservou um, de cedro e couro de lei, que conseguiu sob os auspícios de Pinheiro Machado. O nome do ilustre senador, escrito no couro, lhe franqueou um certo grau de autoridade. E a polícia passou a tolerá-lo, como o "amigo do homem...".
O carioca João da Baiana foi o introdutor do pandeiro no samba.
Compositor e craque na percussão, João da Baiana fez parte da orquestra do mestre Pixinguinha. Além do pandeiros, sua especialidade era o prato e faca, populares nas gravações da época.
João da Baiana teve por muito tempo um emprego fixo não relacionado a música, inclusive em 1922, recusou-se a viajar com Pixinguinha e os Oito Batutas para não
perder o posto de Fiscal da Marinha.
A batida característica do pandeiro de João da Baiana, ele aprendeu com a mãe, Tia Preseiliana de Santo Amaro, e nas andanças festivas pelos casarões de Tia Amélia do Aragão, Tia Veridiana, Tia Mônica e Tia Ciata.
Foi o primeiro...