Nas escadas da Penha. Penou
No cotoco da vela. Velou
A doideira da chama. Chamou
O seu anjo-de-guarda. Guardou
O remorso num canto. Cantou
A mentira da nêga. Negou
O ciúme que mata. Matou
O amigo da ala. Tá lá
Ta lá o valete no meio das cartas,
No jogo dos búzios, ta lá
No risco da pemba,
No giro da pomba,
No som do atabaque, ta lá
E tá no cigarro, no copo de cana, na roda de samba, tá lá
Nos olhos da nega, na faca do crime, no caco do espelho,
no gol do seu time...
Ta lá o amigo de ala
O amigo de ala. Matou
O ciúme que mata. Negou
A mentira da nêga. Cantou
O remorso num canto. Guardou
O seu anjo-de-guarda. Chamou
A doideira da chama. Velou
No cotoco da vela. Penou
Nas escadas da Penha...