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Com Penas de Ternura

Joana Amendoeira

Na tua pele bebi a luz molhada
Que o meu amor por ti incendiou
Fogo que iluminou a madrugada
E que só pela manhã se apagou

Nos teus dedos deixei o doce ninho
Que construí com penas de ternura
Quando fizemos amor devagarinho
Até ao infinito e à loucura

Amor, amor assim, ninguém o fez
Como nós o fizémos, sem cansaço
Uma vez, e outra vez, e outra vez
Perdidos entre o tempo e entre o espaço

Meu amor a quem canto e digo e chamo
Com os nervos, com o sangue, com a voz
Quero dizer ao mundo que te amo
E o amor maior do mundo somos nós






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