Meu povo, é um relato do campo que o concebeu
E, de direito, o deu o tempero geográfico
De contemplar o mormaço que o janeiro justifica
Ou a geada na quincha branqueando a cara do agosto
Meu povo é uma casta antiga gestando a alma do novo
Meu povo é uma casta antiga gestando a alma do novo
Os carreteiros profetas, fronteiriços, missioneiros
Domadores e tropeiros, os da estância e do galpão
Gente deste meu chão que vieram aos olhos da terra
Os que sangraram na guerra sem estancar a esperança
Martin Fierros de uma herança vertendo em cada rincão
Martin Fierros de uma herança vertendo em cada rincão
Estes irmãos de lonjuras das pupilas temperadas
Pelas distâncias compridas de horizontes e estradas
Quando escutam madrugadas pelas preces de seus ventos
Premeditando o sustento que o amanhã ser principia
Renascem a cada dia mesclado' ao rumo do tempo
Renascem a cada dia mesclado' ao rumo do tempo
Hoje, Aureliano dos versos, Caetanos e outros tantos
Ao cantarem os hermanos que habitam o céu dos verdes
Não olvidem a quem pertence à raça pura das almas
E carregam madrugadas na anca dos seus cavalos
Ou, tironeando o arado, engravidam as sementes
Ou, tironeando o arado, engravidam as sementes
Das quatro luas charruas que a natureza desperta
Uma a uma, se completa', no ciclo das previsões
Quem entende suas visões, seus feitiços da existência
É quem habitas as querências timbrado de sol e ventos
Garantindo o sustento das futuras gerações
Garantindo o sustento das futuras gerações
Estes irmãos de lonjuras das pupilas temperadas
Pelas distâncias compridas de horizontes e estradas
Quando escutam madrugadas pelas preces de seus ventos
Premeditando o sustento que o amanhã ser principia
Renascem a cada dia mesclado' ao rumo do tempo
Renascem a cada dia mesclado' ao rumo do tempo