Há sempre um tempo,
de repisar caminhos
falar de flores, ter pra quem voltar.
Há sempre um tempo de andejar solito
de curtir saudades
ter alguem para amar.
O canto claro
não vem da garganta
mas do fundo d'alma deste cantador.
É um sentimento
que se abranda aos poucos
quando um verso amigo
vem falar de amor.
Manhãs silentes
que trazem a calma
de esperar alguem
que não vira jamais.
Ao findar a tarde
coração covarde
levara meu barco
para outro cais.
Nas estradas mansas
quando o sol se põe
um canto terno vem dizer adeus,
e a lua clara, a lembrar aguadas
me traz a saudade
dos doces labios teus.
Solidão parceira
que se faz presente
quanto perco as rimas
na noite estrelada.
Se faz companheira
dos acordes do pinho
que dedilho sózinho
no frio das madrugadas.