Muitas das poesias de Jaime Braum foram musicadas por grandes compositores, como é o caso de Noel Guarany, seu grande parceiro em clássicos como "Milonga das três bandeiras" e "Payador, pampa y guitarra". Jaime teve, também, diversas composições em parcerias com Pedro Ortaça gravadas pelo mesmo, como "Trovador negro", "Milonga" e "Milonga para uma flor". Em 1974, lançou o livro "Vocabulário pampiano". Em 1990, lançou
"Payador e troveiro", que seria seu último livro.
Jayme Braum tinha uma incomensurável capacidade de improvisar. Guri galponeiro, já se entreverava na trova de a porfia em mi maior de gavetão com os maiores sabiás do pago. Logo, inquieto e ledor, descobre os castelhanos, começando, é claro, pelo Martin Fierro e repassando Ascasubi, Estanislao del Campo, Rafael Obligado et caterva. E chega a Serafin J. Garcia, Osiris Rodrigues Castillos, El Viejo Pancho, Sandalio Santos... Este último vai lhe ensinar o truco de amostra da payada em décimas, ao som de milonga.
Em 1954, Jaime Braum publicou seu primeiro livro,
"Galpão de estância". Quatro anos depois lançou "De fogão em fogão". Em 1965, publicou o livro "Potreiro de gauchos". No ano seguinte, lançou mais três livros,
"Bota de garrão"; "Brasil Grande do Sul" e "Paisagens perdidas".
Jayme era a arquitetura da estrofe, construindo verso a verso, com métrica perfeita (velho mérito de improvisador) e rima obrigatória (velhor mérito de payador acostumado a improvisar décimas onde todo sos versos têm que rimar). Sua poesia era vocativa, altissonante, com forte tônus épico. Falava, eloqüênte, com o tema da poesia: "Oh, tu..." e aí era o cordeiro guaxo, o tirador, Sepé Tiarayu, o negro Anastácio. Sempre assim. Nunca mudou e nunca cansou. Todos os segredos de Jayme Caetano Braun podem se resumir num só - talento. Ele tinha talento demais. E por isso não deixa seguidores, nem discípulos. Deixa, quando muito, imitadores.
Jayme era um arquiteto da estrofe, construindo verso a verso, com métrica perfeita (velho mérito de improvisador) e rima obrigatória (velhor mérito de payador acostumado a improvisar décimas onde todo sos versos têm que rimar). Sua poesia era vocativa, altissonante, com forte tônus épico. Falava, eloqüênte, com o tema da poesia: "Oh, tu..." e aí era o cordeiro guaxo, o tirador, Sepé Tiarayu, o negro Anastácio. Sempre assim. Nunca mudou e nunca cansou. Todos os segredos de Jayme Caetano Braun podem se resumir num só - talento. Ele tinha talento demais. E por isso não deixa seguidores, nem discípulos. Deixa, quando muito, imitadores.
No dia 10/10/2009 foi inaugurado o Monumento ao Pajador em homenagem a Jayme Caetano Braun, o maior pajador do Estado. O monumento, 'aberto' a visitação foi instalado no trevo da Cesa, na BR-285, em São Luiz Gonzaga/RS, onde Jayme nasceu, em 1924. Na inauguração, cavalarianos, tradicionalistas, familiares e fãs do pajador, poeta e compositor, prestaram sua homenagem, em uma bela cerimônia, que teve apresentação de Pedro Ortaça e família. A estátua tem mais de 12 metros de altura e foi construída pelo escultor Vinícius Ribeiro. Jayme morreu em 8 de julho de 1999, ficou eternizado em sua extensa e genial obra e agora ganha um monumento digno de sua importância!
Jayme Guilherme Caetano Braun (Timbaúva, Bossoroca/São Luiz Gonzaga 30 de janeiro de 1924 — Porto Alegre, 8 de julho de 1999) foi um renomado payador e poeta do Rio Grande do Sul, prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia....