Cessou a luta,
ó vitima do amor,
Chorosa Mãe
Do mártir do calvário,
Enxuga o pranto,
Infindo no amargor,
Pois é mudado
o Tétrico cenário!
A"Vida" que na Cruz fôra pregada,
Ressurge mais formosa, Mais perene,
De místico esplendor aureolada
De soberana em ar o mais solene
Desce a rampa que o Sangue do Cordeiro
No seio seu sorveu!
No seio seu sorveu!
Quando a "Vida",
Suspensa no madeiro,
À morte, morte deu.
Deixa, ó Mãe
O trilho do desterro,
deixa a via do pranto, da amargura!
Em gozo vem trocar e em ventura
A lúgubre tragédia desse cerro!
A Virgem Mãe os puros olhos ergue!
não há mais pranto,
as lágrimas secaram.
Amor e gozo neles retornaram.
No alto, o céu de puro azul se abria...
O Divino Filho,
à Mãe querida acena!
Jesus no abraço do mais terno amor,
A fronte virginal da Mãe coroa:
Rainha ela será do céu e da terra!
Ela é rainha, os homens são seus filhos, chorosos, no desterro, em mil perigos...
"não deixarei sem mostras de ternura - diz ela, Mãe bondosa - os filhos meus!
A branca rosa que lhe cinge a fronte, nas puras mãos desfolha e à terra envia,
Presságio sublime da perene graça que aos homens redimidos sucederia !
Cessou a luta,
ó vitima do amor,
Chorosa Mãe
Do mártir do calvário,
Enxuga o pranto,
Infindo no amargor,
Pois é mudado
o Tétrico cenário!