Todos os que são capazes
De odiar estão presentes
Disponíveis para atender
Estas preces que ouvem
Chegam pelo adro de pedra
E ficam mudos a observá-la
Os pedaços estão dispostos
No local da última morada
Aberta e quebrada
Para gáudio dos presentes
Numa celebração
Reveladora dos segredos
Os mais santos da comuna
Gritam a mais falsa das blasfémias
Porque temem os que esperam
O medo da vida eterna
Respiram a vergonha
De ver a negação do mal
Que se transforma no prazer
Desta vossa contestação
O significado sem propósito
A vida sem significado
E o corpo sem vida
Constituem o festim
Somos o que te corria nas veias
O que recordamos de ti
Celebremos o fim
Guardemos os restos
É tudo o que destruímos
Viemo-nos alimentar
Para que possamos dizer
“eu saboreei o fim”