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Nocaute

Império Z/O

Hã, hã, vem que vem, vem que vem,
Há, há, eu quero ouvir você também,
Hã, hã, vem que vem, vem que vem,
Há, há, a voz do morro vai além.

Refrão:
Nocaute, hã, nocaute, há, hã, hã, hã, hã,
Nocaute hã, nocaute há, hã, hã, hã, hã.

Atenção, tensão, sem pagar de senhores na voz da nação,
Na virada do milênio irei rosnar feito o cão,
Da América Latina, quatro pretos faz a função, função,
E a garra de uma mina, a pantera negra,
Falou, falou, falou, falou,
Sem fazer pose, nada a ver com a Malhação,
A quebrada é academia para preparação,
Pelos vasos sangüíneos acelera a pulsação,
Vai bater de frente com a oposição,
Mano na costa oeste do Bronks e Pan,
Vou chamar, vou chamar do lado de lá,
USA, Kool, Kool, Kool aí,
Kool, Kool Kinga vai nos preparar,
Banca de peso pesado, o sangue do preto é forte,
O rico e sua doença te condena á morte,
Boxeador, pugilista, pastor,
Escute aí você também no último vagão aí do trem,
Escute aí você também no último vagão aí do trem,
Da Mujolo ao Jaraguá nas vilas são, são cinco,
Tem neguinho abusado e vai colar no seu bico,
Ladrão amarrotado, mano mal intencionado,
Na mão do militante não canta de carro,
No confronto direto, direto, direto,
Nosso rap faz eco, faz eco, faz eco,
Levantador foragido que não fica quieto,
Eu fico cego, louco, menos puto,
Pode vim dar milhões, você pode dar tudo,
Eu não vendo a minha alma e não, não me iludo,
Ei ladrão chega aí, proletário e vagabundo,
Acende agora o pavio, pois o meu tá no fundo,
Axé á minha nação, saudações ao divã,
Ei W chama a Jovem que eu chamo a Gaviões,
Sem porrada entre nós, é só com os grandes barões,
Venha no zigue-zague na ginga assim,
Burguês filho da puta treme, treme assim,
Venha no zigue-zague na ginga assim,
Voltei muito louco, soou o gongo pra mim.

Refrão

Falou, falou, chega mais mano,
To de cabeça raspada e jaqueta de couro,
Aqui não tem balaio, mas também não tem bobo,
O rap bate na frente é a voz do morro,
Do outro lado Mauricinho adversário do povo,
A donzela desfilando cheia de TI-TI-TI,
Olha a pancada batida, manda essa vaca até aqui,
Toda delicada, suborno é arma, martelo PÁ,
Patrício que se vendem vai á lona com ela,
Olha o 159 consumindo a Bianca,
Pode vim socorro lá da Casa Branca,
Se quiser vencer tem que lutar,
Não custa nada tentar há,
Á esquerda favela, direita playboy,
Diz aí viadinho: banca de chumbo não dói,
Burguês nocauteado da CDB Niterói,
Sem um conto no bolso, mesmo assim não sou louco,
Primeiro round em ação dá mó disposição,
Vai, vai cú de burro, beija a lona, cai no chão,
Não vai impedir o soldado de traficar informação,
Quem veste a luva é favela, meu povo é multidão,
Encarcerado no distrito na detenção,
O Senhor me deu o dom de perdoar,
Uma boa missão pra eu abraçar,
Aí a solução para se esquivar,
Burguês tem um minuto pra você pensar,
De se jogar no ringue ou de recuar,
Preto Mil pugilista disposto a atacar,
Esquadrão da rima á nocautear,
No zigue-zague na ginga assim,
Burguês filho da puta treme, treme assim,
No zigue-zague, na ginga assim,
Voltei muito louco, soou o gongo pra mim.

“Atenção veja só”
“O burguês foi á lona no primeiro round, é nocaute”.

Essa voz vai ecoar hã, hã,
E aí favela vai gritar há, há,
Demolidor vem pra somar hã, hã,
Periferia vai treinar, há, há,
Chega nego e soma, chega nego e soma,
Tira a lágrima do boy, faz burguês cair na lona,
Engravatado vai correr, o planalto vai tremer,
Aí congresso é pra você,
Que quer destruição na ação do povão,
Chega de envenenar, seu puto vai pra lá,
O rap é a química que vem pra curar,
Se ligue e pá, se ligue e pá,
Faz ladrão absolvido voltar a estudar,
Noiado no pó se regenerar,
Nossa nação unida faz o mundo parar,
Veste a luva também e vem nocautear.

Vem que vem, vem que vem hã, hã,
Eu quero ouvir você também há, há,
Vem que vem, vem que vem hã, hã,
A voz do morro vai além há, há.

Refrão.

Composição: Mano Axé





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