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Velho Peão

Iedo Silva

Sentado na baldrame do seu rancho
Palheiro aceso e um amargo chimarrão
Olhos perdido e bombeando o horizonte
E uma saudade que lhe invade o coração.

Ai, saudade
Da mocidade que ha muito tempo se foi
Hoje resta suas mãos cheias de calo
Os relinchos de cavalos e um grito de eira boi.

Foi criado quebrando queixo de potro
Nas horas vagas mandalete do patrão
Hoje sem força pra montar em seu cavalo
E só reponta tropa de recordação.

Envelhecou trabalhando nas estancias
Conta nos deods gerações que ja passou
Não teve filhos e nem neto e não casou
Mas mesmo assim alguém lhe chama de avê

Vamos cavalo e eira boi
Que pena tudo se foi....

Composição: Iedo Cruz da Silva





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