Estância, jardim de Sergipe!
Rainha dos Abais!
Estância, ô terra querida,
Gentil guarida,
Rincão feliz.
Tu és princesa do Piauitinga
- O rio-poeta que, nas noites de luar,
Enamorado de reveste em prata
e madrigais murmura,
Para te embalar.
Se raia o dia, teu povo me prece
E a tua "Lyra"
- Centenária, imortal-
as tuas fábricas e a passarada
fazem alvorada,
num concerto original!
Tens praças que ostentam palmeiras,
Sobrados e igrejas tradicionais.
E o mar debruçado nas praias,
Contempla o vigor dos teus coqueirais.
Da indústria têxtil pioneira foste,
E o teu esporte já foi pentacampeão.
Deste a Sergipe “miss” a mais formosa
E um modelar colégio,
Quase setentão.
És progressista e hospitaleira.
São João o melhor
E o mais famoso do Brasil!
“Cantada em verso, cantada em prosa”
- Mãe primorosa,
fértil ninho de águias mil!
Primeira na imprensa, áureo berço
e esplendor da cultura, em Sergipe D'ÉI Rei!
E a Virgem Morena abençoa
O teu povo, que faz do amor sua lei!
São Glórias tantas que o teu nome encerra,
que inábil musa não as logra enaltecer!
Heróis e Gênios te povoam a História,
E todo estanciano
Louva com prazer.
Gilberto e Jorge, Coutinho e Gomes,
Góis, Nascimento,
Homem, Bessa e Capitão,
Judite, Graccho e Camerino,
Jessé, Quirino,
Dome, Augusto e Salomão.
Tão bela, garbosa e florida.
- Na face da terra jamais houve assim!
E Pedro II batiza:
“Estância, tu és Cidade Jardim!”