Quando Herivelto tinha cinco anos, seu pai o ferroviário Felix Bueno Martins fundou a Sociedade Dramática Dançante Carnavalesca Florescente de Barra do Piraí, misto de clube e teatro. E lá se ia quase todo o dinheiro do salário, obrigando D. Carlota a costurar para fora e a fazer doces. Não ficou nisso, o Seu Félix organizou as Pastorinhas de Barra do Piraí, com as quais Herivelto saía no Natal, vestido de Papai Noel.
Herivelto reorganiza o Trio de Ouro por duas vezes, com Noemi Cavalcanti e Nilo Chagas, que tinha reaparecido, e depois com Lurdinha Bittencourt e Raul Sampaio, dissolvendo-se em 1957. Daí para a frente, Herivelto prefere afastar-se da vida artística.
Na década de setenta Herivelto adquiriu um sítio na cidade Bananal/SP. Adorava a cidade, que lhe adotou como cidadão bananalense. Lá fez vários shows e levou vários artistas, como Sargenteli, Grande Otelo, Emilinha Borba. O mais bonito foi um show dele com seu filho Peri Ribeiro, os dois cantaram juntos, se emocionaram e levaram o público ao deleite. Quem assistiu não esquece.
Os gastos do pai de Herivelto com a arte o levaram a hipotecar a casa, que acabou perdida, forçando-os a se mudarem para a periferia da cidade. Ali, Herivelto começa a aprender violão e cavaquinho e compõe seu primeiro samba, "Nunca Mais".
Herivelto Martins tornou-se amigo do diretor de cinema Orson Welles, quando este veio ao Brasil em 1940 gravar o filme "It´s all True". Em 1942, o maior sucesso do carnaval era a marchinha "Praça Onze", que contava a história da Praça.
Welles gostou tanto que fez dela o enredo do seu próximo filme. Herivelto Martins foi o co-diretor desse filme, qua teve Grande Otelo como personagem principal.
Herivelto Martins tem sua trajetória dividida em duas partes: antes e depois de Dalva de Oliveira, de 1936 até 1950, quando se separaram definitivamente.
Participou da Dupla Preto e Branco e, em seguida, do grupo Trio de Ouro, com a...