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Haikaiss

Eu e os apóstolos
(Vão capítulos, mudam os gostos dos sábios
Que envelhecem como vinho tinto)
Sinto muito, minto, brinco muito
Haikaiss é a síntese de paul, john, george e ringo
Quatro mitos, pré escritos em papiros, gravados em mais 13 discos
Então sugiro ética, analise esse branco impresso na estética
Benção de oxalá enquanto entendo as leis herméticas
Como céticas só pra falarem menos
Gritarem mais e aí nos concordamos

Temos algo em comum, nós dois bebemos
Boatos não abalam o proletário e já vemos em capas
Dando entrevistas pra babacas
Protesto pra alguns é levantarem placas
E se usarem as facas, capotarem as barcas
Assassinarem cada arrombado que é aristocrata
Só com palavras quem tá no erro, tá no erro
Ainda vai ser cobrado, princípios que vem de berço

Aprisionado, pendura no espelho o terço
Desconfiado, mas eu acredito no que não conheço
Será subestimado e é assim no começo
E o rap endereço, sinceramente, é o que te ofereço
Divisão entre o governo e o povo
Mas o povo enxerga também
E a massa trabalha que nem louco
Pra minoria ter coisas que eles têm

Viram páginas a mesma capa
Permanece só aquele que deu a cara a tapa
A meta é subir de nível, levantar esse brasil
Na levada dos mc's de sampa, humildade dos do rio
Espaço encurtou, me mostre os reais
Pode deixar que esse suco eu memo espremo
A diferença tá no tempo que eu dedico
Pra não deixar nosso trabalho mais ou menos
Filhos de um pai tolo que nem todos

Somos todos iguais perante ou não perante a lei
Me diga quando que a lei foi eficaz?
Estamos a espera, amigo, esperança até quando?
Quanto tempo mais?
Seremos leais à você até sem querer
Imposto caro concedido a quem não devia
Pois os governantes ao brasil não são leais (não!)
E meu dinheiro tá saindo junto com o seu
Direto pra conta dos nossos rivais
Você se comporta?
Otário que chega pedindo
Moleque novato batendo na porta
Corta, corta
Se muda a postura, cura

Seu pique é de viatura
Na bota daquele que trampa, dizendo besteira, esperando sua cota
Corta, corta
Aquele que não atura ideia torta e nunca só
Nunca só o pó, eu acelero mais, mas tu fala e eu sei de cor
E eu sei de cor, mó papin furado, desorientado, só
Na garganta dá um nó
Revejo com o tempo passado maluco já sabe que vai, quem não vai
Revejo com o tempo passado maluco já sabe quem trai, quem não trai
Meu rap se torna meu manto, eu quero que se foda o que pensa o que faz
E se você não tá me entendendo, mano, eu acelero mais
Já ligo meu bonde na fita, na pista que chega soando eficaz

Já ligo essa mina uma cota na pista que chega pedindo haikaiss
De tudo que penso e que falo do que joguei fora
Do que me alimenta, alimenta os embalos
Que já não me vale é o que eu jogo pro ralo
Semente que plantei, do lado que fui, ó!
Do solo que pisei, visei
Não pense que é fácil, não
Difere do basicão
Visaram meus passos, sei
Pisou no cadarço, sei
Só quando me machuquei
Notei que na vida é preciso mudar
Um brinde a conclusão

Composição: SPVIC / Spinardi / Dj Qualy

Composição: Pedro Qualy, Rafael Spinardi, Victor Oliveira





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