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Febre

Guilherme Eddino

Beijo que essa vida é curta
Que essas águas correm sem destino
Sem caminho pela madrugada
Que essas flores morrem
Luzes se apagam sem pecado
Sem perda total

Beijo que essa noite é longa
E o desassossego vira calma
Corpo morto, viva alma
Beijo que transforma em pedra
Quebra feitiço, apara arestas
Abre os olhos, me congela e ferve

Beijo que te quero quente, que te quero febre
Que me quero ardentemente, mas
Quem sabe se essa brasa ainda vai queimar?
Beijo que te quero quente, que te quero febre
Que me quero ardentemente, mas
Quem sabe se essa brasa ainda vai queimar?

Eu beijo que um motivo basta
Não há desculpa pela minha falta de toda ternura
Deixo a minha marca sobre a boca tua
Pele arrepiada
Beijo que essa paz termina
Vira uma piada
Dessa nossa sina fica quase nada
Beijo que me dá saudade, saudade e fúria
Sempre tão selvagem mesmo pela estrada escura

Beijo que te quero quente, que te quero febre
Que me quero ardentemente, mas
Quem sabe se essa brasa ainda vai queimar?
Beijo que te quero quente, que te quero febre
Que me quero ardentemente, mas
Quem sabe se essa brasa ainda vai queimar?

Até o dia raiar
Até a fera que mora aí dentro
Conseguir escapar
Pra me devorar

Beijo que te quero quente, que te quero febre
Que me quero ardentemente, mas
Quem sabe se essa brasa ainda vai queimar?
Beijo que te quero quente, que te quero febre
Que me quero ardentemente, mas
Quem sabe se essa brasa ainda vai queimar?

Composição: Guilherme Eddino

Composição: Guilherme Porto Eddino





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