Num lançante fui pealado
Das cordoarias do céu
Desde piazito asqueiro
Trinchando dedo em sovéu
O laço a extensão do braço
Na sina de um maneador
É um tironaço pampeiro
Todos em braça certeiro
Na changa de um laçador
E dale corda, dale grito, e já boleei
Inté vendado num só corcóveo lacei
E dale bufo num troféu de partidor
Pois fui forjado pra ser rei dos laçador
E dale corda, dale grito, e já boleei
Inté vendado num só corcóveo lacei
E dale bufo num troféu de partidor
Pois fui forjado pra ser rei dos laçador
E vencendo dale corda
Braçada não lambe o chão
A credencial de quem laça
É o dedo e o calo das mãos
Tá invernado num rodeio
Nunca dei rédea a um fiador
Na vacaria lacei
Só nos dois chifre peguei
Na poeira do corredor
E dale corda, dale grito, e já boleei
Inté vendado num só corcóveo lacei
E dale bufo, num troféu de partidor
Pois fui forjado pra ser rei dos laçador
E dale corda, dale grito, e já boleei
Inté vendado num só corcóveo lacei
E dale bufo, num troféu de partidor
Pois fui forjado pra ser rei dos laçador
Meu lenço atado na testa
Pra o mirante gaveonado
Um tirador couro crespo
Garrão de potro surrado
Estende a estampa caudilha
E se abre garras no espaço
É o silêncio do povoeiro
Enroscado num griteiro
Quando eu rebolquei o laço
E dale corda, dale grito, e já boleei
Inté vendado num só corcóveo lacei
E dale bufo, num troféu de partidor
Pois fui forjado pra ser rei dos laçador
E dale corda, dale grito, e já boleei
Inté vendado num só corcóveo lacei
E dale bufo, num troféu de partidor
Pois fui forjado pra ser rei dos laçador