Vaneira velha curtida que acordava a madrugada
Nos ranchos beira de estrada, na volta de um corredor
Conhecido parador pra truco, tava e carreira
Peleias e borracheira e algum retoço de amor
O rancho, o tempo deu fim, a indiada, o destino extraviou
Só a saudade ficou e o rancho velho desabado
O mundo trocou de ponta e a vida me trás surrado
Mas a vaneira é a mesma e o tocador é sagrado
Mas a vaneira é a mesma e o tocador é sagrado
Na alma, eu trago lembranças da onde o mundo começa
Daqueles dias de festa que as famílias se reuniam
Gente que de longe vinha pra missa regada à fé
Tentear um churrasco gordo e, à tarde, arrastar o pé
O rancho, o tempo deu fim, a indiada, o destino extraviou
Só a saudade ficou e o rancho velho desabado
O mundo trocou de ponta e a vida me trás surrado
Mas a vaneira é a mesma e o tocador é sagrado
Mas a vaneira é a mesma e o tocador é sagrado
Só uma coisa, parceiros, não consegue terminar
É a lembrança que eu tenho daqueles tempos de piá
O rosto mostra minha idade, não tem jeito de enganar
Mas minha alma é de criança, sempre pronta pra cantar
O rancho, o tempo deu fim, a indiada, o destino extraviou
Só a saudade ficou e o rancho velho desabado
O mundo trocou de ponta e a vida me trás surrado
Mas a vaneira é a mesma e o tocador é sagrado
Mas a vaneira é a mesma e o tocador é sagrado