Desperta, brasil,
Desse coma entre vorazes tubarões
Vindos por terra ou por mares,
Poluindo nossos ares, explorando nosso chão,
Impondo ordens em receitas estrangeiras,
No acoito das saúvas brasileiras,
De norte a sul, brasilinvest, por aí,
E outros males como o fmi
Mate a saúva antes dela te matar!
O peso é muito para um morto carregar
Pouca saúde e pouca grana pra gastar:
- oh, seu ministro, onde a coisa vai parar?
Oh, que tristeza, a realidade brasileira!
A malária, que era só do norte,
No sudeste chegou forte, correu a nação inteira
O arlequim ficou biruta e ri a toa
Da colombina, tão bonita e tão sacana,
Dona de um banco de sangue tão bacana,
Que deixou o pierrot descascando uma banana
Fila pra cá, briga pra lá,
Pra marcar a hora certa do defunto desfilar!
Mas que saudade
Dos tempos ídos que não voltam mais
Vovó, quando doente, era curada
Com elixir, biotônico e outros chás
Jeca tatu, tão doente e explorado
Espera a salvação chegar,
Mas a diligência da saúde
Vem puxada por saúvas,
Que a nova república deu fim . . . no delfim
Ai de mim
É aids sim!
Paetês e silicones desfilando por ai
E os meus direitos humanos
A são clemente cobra na sapucaí