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Biografia de Greice Ive

O início musical da brasiliense Greice Ive deu-se com uma brincadeira de criança, aos cinco anos de idade. Seu pai, também músico, percebeu que a menina nascera com o dom que poderia torná-la uma das maiores revelações da Nova Música Popular. Na época, a pequena Greice acompanhava, fascinada, suas apresentações, fazendo participações especiais. Aos 13, a jovem cantora tornou-se atração musical em estabelecimentos na noite de Brasília, levando em seu repertório os maiores expoentes da nossa música. Este foi um momento especial em sua carreira, onde a artista amadureceu naquela confluência de talentos e estilos, que foram, aos poucos, delineando a personalidade musical que hoje a vem evidenciando no vasto universo da música brasileira.

Por volta dos 16 anos, foi convidada a participar como vocalista de uma das mais conceituadas bandas de baile do Centro-Oeste. Aceitou o desafio, expandindo seu repertório para além das fronteiras geográficas. Tal experiência foi um exercício de versatilidade, permitindo à artista adaptar-se aos mais variados estilos musicais.

Foi ouvindo o que havia de melhor na música que Greice absorveu influências diversas, de grandes mestres nacionais e estrangeiros. Dois deles se tornariam seus admiradores e impulsionadores, Ivan Lins e Márcio Montarroyos. Montarroyos, que a conheceu quando dava uma “canja” num bar no Rio de Janeiro, tornou-se declaradamente seu fã, definindo-a publicamente como “Greice Ive, voz de cristal, a mais bela do Brasil”. Curiosamente, a última gravação feita pelo músico foi justamente no disco de Greice, que dedica a ele o trabalho, numa homenagem póstuma.

E foi aqui, na Cidade Maravilhosa, que Greice Ive recebeu o convite da Indie Records para gravar “Ao som de Greice Ive”, com produção de Marco Brito, tecladista que acompanha Ivan Lins há 13 anos, e que reúne um time da melhor qualidade. Entre os quais, Léo Amoedo, Armando Marçal, Cláudio Infante, André Vasconcellos. Nele, há uma miscelânea que bem apresenta a cantora. Além da inédita “Seu Olhar”, de Paulo Djorge, o repertório apresenta releituras de canções como “Apenas Mais Uma de Amor” (Lulu Santos), “Eu Queria Ter Uma Bomba” (Cazuza), “Desculpe o Auê” (Rita Lee) “Somos Quem Podemos Ser” (Humberto Gessinger). Grandes composições interpretadas por essa bela voz tornam esse trabalho um daqueles cd’s que você canta do começo ao fim.