Do vinho ao sangue, do sangue ao vinho.
O xadrez está posto sobre a mesa.
Usando estratégias não crio defesas.
Por favor ao sair, não vire a mesa
As certezas criadas sobre a dúvida.
É minha vida passando sem perdão.
Sou filho do filho do meu avô.
Atrevesse essa porta, por favor
Venderei minha alma amanhã,
Abrirei as janelas pra você,
Me abrigo e fujo pra te ver,
Abrirei as janelas amanhã
A dor no meu peito acalmada,
A linguagem da vida sufocada
A lágrima cai ao entardecer.
Quem sabe um dia, talvez
Abismos, feridas, descobertas.
Descubro alívio na tristeza.
Um gole amargo sobre a mesa,
Por favor, ao beber, tenha certeza.
Composição: Fábio Rabelo