O cantor Goiá teve suas composições gravadas por quase todas as grandes duplas da época, como Pedro Bento e Zé da Estrada, Liu e Léo, as Irmãs Galvão, Zilo e Zalo, Caçula e Marinheiro, Tibagi e Miltinho, Souza e Monteiro, Primas Miranda, Milionário e José Rico, Chitãozinho e Xororó, Belmonte e Amaraí, Sergio Reis, Clayton Aguiar e João Renes e Reni. A partir da década de 60, Goiá largou o microfone e passou a viver apenas como compositor.
Mas nem tudo foi um "mar de rosas". Além das dificuldades que todos enfrentam neste país, ele tinha também o seu lado de esposo e pai, sempre mostrando um carinho muito grande pela sua família, já composta de três filhos: Robson, Mary e Hilger; e aí passou a ver o lado financeiro de suas músicas, pois até então, de direitos autorais, muito pouco recebia, devido a não regulamentação desse direito no Brasil.
Parte desse abusos aconteceram em Lagamar, aonde no bar do Marinho, aonde era o terminal rodoviário, já em dependência do alcóol esta ainda compunha sobre o balcão do terminal rodoviário da cidade. Deixando suas últimas canções conhecidas pelos apaixonados pela música sertaneja.
Permaneceu na Rádio Bandeirantes até meados de 1961, quando então a quase totalidade do "cast" sertanejo daquela emissora havia gravado músicas de sua autoria como Pedro Bento e Zé da Estrada, Liu e Léu, Irmãs Galvão, Zilo e Zalo, Caçula e Marinheiro, Tibagi e Miltinho, Souza e Monteiro, Primas Miranda e outros tantos na atualidade como Milionário e José Rico, Chitãozinho e Xororó, Belmonte e Amaraí, Sérgio Reis, Clayton Aguiar e João Renes e Reni.
Em 1953 partiu para Goiânia, então com dezoito anos de idade, juntamente com o seu pai permanecendo por dois anos, aprendendo muito, em todos os sentidos. Formou o "Trio da Amizade", cujo primeiro nome foi “Rouxinol”, com vários programas na Rádio Brasil Central. O trio foi o primeiro do estado a gravar disco em São Paulo, foram dois discos com 78 RPM na antiga Colúmbia, que depois se tornou CBS.
Nos últimos anos de sua vida, Goiá já escrevia para o estilo sertanejo moderno e já era gravado por Chitãozinho e Xororó, João Mineiro e Marciano, Cézar e Paulinho, Milionário e José Rico, Duduca e Dalvan, Chico Rey e Paraná e muitos outros.
E foi em dezembro do ano de 1979, nos exames realizados em Uberlândia, que ficou comprovado: Além do açúcar no sangue, Goiá era portador de "Cirrose Hepática", já bem acentuada, "Ascite", água no Piritônio. De volta a São Paulo, começou a corrida aos hospitais na tentativa de estacionar a cirrose, e com isso ele perdia peso assustadoramente. Foi quando em novembro de 1980, já vivendo praticamente só de cama, transferiu-se para Uberaba, ficando mais perto de Coromandel, podendo ser visitado freqüentemente pelos seus conterrâneos, trazendo para si, forças para continuar, mesmo acamado, a escrever suas canções.
Góia ganhou do pai uma gaita de boca, que foi sua companheira por muitos anos, até que trocou-a por um cavaquinho, mas, sua maior alegria foi quando ganhou um violão "de tarrachas".
Ficou por longos 10 anos sem voltar a sua terra natal, Coromandel, pois como todo ser humano tem seu orgulho próprio, Goiá queria voltar a Coromandel, já consagrado na música sertaneja.
Cantou em dupla com vários parceiros da cidade, dentre eles, Anterino Coutinho, o irmão Nelson, Geraldo Telles (Geraldinho do Vigilato), outro irmão José (Zé do Vigilato) animando muitas festas.
Após algum tempo morando em Goiás, cultivou imenso carinho especialmente pela cidade de Goiânia, onde deixou grandes amigos como como: Valdomiro (do Bazar Paulistinha ), o popular "Cidão Barbosa", também parceiro de músicas, Marrequinho e tantos outros , terra esta que originou o apelido “Goiá”, que segundo ele, uma homenagem e agradecimento ao estado de Goiás.
Com exceção de alguns meses como "free-lancer" na Rádio Nacional, no programa "Biá e seus Batutas", nunca mais voltou a apresentar programas, tendo se dedicado, de corpo e alma, aos seus versos.
Casou-se em 23 de fevereiro de 1957, às 17:00 horas, com Hilda Alves da Silva, na igreja São Rafael, na Moóca, em São Paulo. Hilda é filha de Mariano José da Cunha (Mariano Theodoro) e de Maria Luíza de Jesus, também coromandelenses, da família de garimpeiros do Douradinho, "os Theodoro".
Um dia, para a alegria do povo de Coromandel, a dupla, Goiá e Biá, grava o seu primeiro LP, com todas as composições de Goiá, e muitas falando de Coromandel e estado de Goiás, sendo que nesta época o seu parceiro e "cunhado" era bem conhecido na música sertaneja, através da dupla "Palmeira e Biá", assim concretizando de vez os seus sonhos no âmago de sua alma.
A música Saudade da Minha Terra, talvez a mais gravada de todo o cancioneiro caipira brasileiro, também é conhecida como Adeus Paulistinha.
Foi para a Rádio Nove de Julho (ainda como apresentador) a convite do Geraldo Meirelles e Zé Claudino, lá ficando por dois anos, quando se despediu, e depois de uma curta temporada com Zacarias Mourão na Rádio Excelsior, decidiu dedicar-se inteiramente às composições.
Começou a estudar música com o mestre José Ferreira e enquanto não terminava o curso, passou a ser o tocador de bumbo e em dupla com Miguelinho (filho do “Miguel do Batalhão), cantaram em arraiais como Chapadão, Alegre, Mateiro e Santa Rosa, nas primeiras incursões fora de Coromandel.
Desde bem pequeno gostava de falar em versos e incentivado pelo pai que lhe deu o primeiro instrumento musical, uma gaita, logo passou para um cavaquinho e em seguida um violão.
Goiá também escreveu músicas de estilo sertanejo moderno que foram gravadas por Chitãozinho e Xororó, João Mineiro e Marciano, Cesar e Paulinho, Milionário e José Rico, Duduca e Dalvã, Chico Rey e Paraná e muitos outros.
Em 1953 Goiá foi para Goiânia, onde ficou por dois anos e formou o "Trio da Amizade", (o primeiro nome artístico foi "Rouxinol") com programas diários na Rádio Brasil Central. O trio foi o primeiro do Estado a gravar discos em São Paulo (2 discos com 78 RPM na antiga Columbia, atual CBS).
No dia 20 de Janeiro de 1981, às 8:00 horas da manhã, morre em Uberaba, Minas Gerais, Gerson Coutinho da Silva, o Goiá, aos 46 anos de idade, e seu corpo foi levado para Coromandel e esperado por uma multidão de pessoas, exatamente na Placa de 5 Km, onde outrora foi sempre esperado pelo seu povo. Seu corpo foi velado na igreja de Sant'ana e sepultado no Cemitério Municipal de Coromandel, no dia 21 de Janeiro. No seu túmulo, ficou escrito o que humildemente pediu numa de suas canções, mostrando mais uma vez a sua natureza humana: "A humildade, que era o seu gesto maior".
Gravou alguns discos com o "Trio Mineiro" e após uma temporada na Rádio Nacional, nos programas do amigo "Nhô Zé", transferiu-se para a Rádio Bandeirantes, onde foi contratado como apresentador de programas, inicialmente no "Maiador da Fazenda", do amigo e parceiro Zacarias Mourão, e posteriormente lançou o "Choupana do Goiá", além de ser substituto eventual dos saudosos Capitão Balduino e Comendador Biguá, em seus tradicionais programas "Brasil Caboclo" e "Serra da Mantiqueira".
Em 1969, Goiá foi homenageado em Coromandel: A antiga Rua João Alfredo passou a se chamar Rua Gerson Coutinho da Silva.
Como exemplo, Goiá compôs a trilha sonora do filme "A Vingança do Chico Mineiro", onde quase nada recebeu por um grande trabalho de uma qualidade indiscutível.
Assim, Goiá mostrou a sua familiaridade com o violão, pois tinha uma impressionante capacidade de musicar, não somente suas letras como também de muitos parceiros seus, vestindo a cada dia uma roupagem nova na "Música-Política-Sertaneja". E, sempre acompanhado de grandes personalidades da época, Goiá viveu dias intensos de viagens e shows por todo esse Brasil.
Por volta do ano de 1971, começa um tempo negro em sua vida; Goiá passou a ser portador de Diabetes, e como ele mesmo dizia, abusava muito de sua saúde, não se alimentando corretamente, passando longos períodos de viagens e cantorias, ficando até três anos sem fazer um exame de sangue sequer.
Foi por amar Goiás que Goiá escolheu esse apelido. Então em 1955 quando ele foi para São Paulo e fez amizade com Belmonte. Os dois não gravaram juntos, mas comporam "Saudade de Minha Terra", que se tornaria o Hino Nacional Sertanejo do Brasil!
Gerson Coutinho Da Silva (Goiá), filho de Celso Coutinho da Silva e Margarida Rosa de Jesus, nasceu em Coromandel-MG em 11/01/1935 e faleceu em Uberaba-MG em 20/01/1981.
Foi para Goiânia-GO em 1953 onde morou por dois anos, e formou o...