Trago meu peito esmagado de saudade
De uma cidade berço amado onde eu nasci
Cidade meiga, pequenina e formosa
Terra saudosa onde contente vivi
Vejo em meus sonhos as montanhas verdejantes
Que os viajantes vivem sempre a contemplar
Oh! lago azul esperança de uma vida
Hoje perdida pois não mais há de voltar
Oh! mundo ingrato que me fez viver ausente
Daquela gente a saudade me acompanha
Ai como sofro quando sonho com a casinha
E a igrejinha lá do alto da montanha
Por isso às vezes quando é noite de luar
Ouço a sonhar o cantar do seresteiro
Oh! doce infância sonho de felicidade
Junto à saudade dos antigos companheiros
Campo do Meio a chorar te disse adeus
Outros caminhos me obrigaram te deixar
Porém eu peço ao bom Deus que o proteja
O bão caboclo não esquece o seu lar
Mesmo sorrindo vivo quase num exílio
Sou um bão filho mais talvez não volte mais
Adeus amigos, adeus meu Campo do Meio
Adeus amores, adeus Minas Gerais