Valsa
Falado:
Entre tantas ciganas bonitas foi uma que eu conheci
E nos dois se conhecemos e resolvemos fugir
E o chefe dos ciganos resolveu nos prosseguir
Para matar a cigana lutaram até descobrir
E eu quero explicara dor cruel que eu sofri.
Cantado:
Eu roubei ele pro meu ranchinho
E fui me escapando de tal caravana,
E ali nos vivia juntinhos,
Então convivemos diversas semanas
Eu pra o campo saia cedinho,
Mas antes de eu ir da choupana
Abraçava a dava um beijinho
Bem ligadinho aos lábios da cigana.
Lá do tope olhava pra traz
E ela acenava pra mim da janela
E eu punha um lenço na ponta do relho
Com o reio eu também acenava pra ela
Um dia de tarde ao voltar para o rancho
Pensando de achar a mesma alegria
Porem as tristezas que tinham no mundo
Ficou reservada pra mim neste dia.
Naquela janela não tinha ninguém
Entrei para dentro a casa vazia
Sai pela estrada montado a cavalo
Procurando achá-la no rastro que eu via.
E numa curva de longe enxerguei
E desconfiei que fosse a coitada
Ao chegar perto foi então que eu vi
E reconheci a minha rica amada.
Eu encontrei o seu corpo caído
Seu peito ferido com três punhalada
Fiz uma cova para a coitadinha
Bem na beiradinha da curva da estrada.
E eu todas as tardes passo por ali
Para enfeitar sua campa de flor
Na própria reza também vou pedir
Perdão por ela ao nNosso Senhor
Que Deus tenha pena, de perdão a ela,
Porque foi aquela meu primeiro amor.