Noel Ferreira / Everaldo Ferraz
Cururu
Antes do cantar do galo
Arriei o meu cavalo e sai cortando chão
Pra buscar uma boiada
Nas matas apantanadas na Fazenda Riachão.
Foi tão triste minha sina
Quando uma cobra assassina meu deixou o corpo em brasa
Eu fiz uma oração
Montei no meu alazão que me trouxe atém em casa.
Alazão querido, alazão querido
Você é o melhor cavalo e o meu maior amigo.
Mandado pelo dinheiro
De um ricaço fazendeiro maldoso sem coração
Foi tão triste a minha sorte
Eu fui condenado à morte sem saber qual a razão.
Na pracinha do arraial
Na minha hora fatal no adeus da despedida
Ele veio em disparada
Entre coices e patadas salvou a minha vida.