Amar é um sonho eterno cheio de ilusões
Envolto num mistério de venturas mil.
Amar é um holocausto de palpitações
Que nasceu dentro d'alma em silêncio febril.
Só sente esse missal de pranto e de ternura
Quem ama cegamente um coração qualquer.
Quem na vida em for, morre de amor
A querer quem não lhe quer!
Ai de quem sente nos retalhos d'alma
a dor silente que se espalma
No delirar do coração.
O sofrer é um bem divinal
Que o destino enviou do astral
É o sacrário imortal da perfeição
Que floriu no peito
Remindo um sonho mal sonhado
No coração de quem sofreu.
É a apoteose da dor
Glorifica o amor, que não morreu!