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Santana

Gal Costa

A santa de Santana chorou sangue,
Chorou sangue,
Chorou sangue: era tinta vermelha.
A nossa santa padroeira chorou sangue,
Chorou sangue,
Chorou sangue: era Deus e beleza.

Despego meu;
Quem girou a moenda partiu.
Na pressa o rosário quebrou.
Chorou, ah, chorou.

Louveira santa, desata o apuro,
Leve e tanto, sempre sido só;
Tange solto quebrado, quebrado,
Claro carmo, nossa sede, obá.

Madeira oca estende o apulso,
Capela sertana, sementeiro;
Lajedo molhado pisado, pisado,
Claro carmo, nossa sede, obá, ô,
Nossa sede, obá, ô,
Nossa sede, obá.

Composição: Junio Barreto/joão Carlos





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