Grupo que reflete a revalorização da black music no Brasil, no final dos anos 90, o Funk Como Le Gusta se tornou notório por tocar funk e clássicos de trilhas dos filmes de blaxploitation utilizando uma formação bem maior do que a da maioria das bandas contemporâneas. Criado em 1998, a partir da união do guitarrista Eduardo Bid e o baixista Sérgio Bartolo, o grupo começou se apresentando na casa paulista Espaço Anexo, sempre recebendo convidados especiais - músicas, rappers ou DJs. Depois de uma série bem-sucedida de apresentações em lugares como o Blen Blen (São Paulo), o Funk Como Le Gusta recebeu um convite da gravadora ST2 para gravar o primeiro disco.
Roda de Funk, lançado em 1999, trouxe influências de groove, soul music, Jorge Benjor, Eumir Deodato e João Donato. O grupo gravou com 12 músicos (incluindo instrumentos como trompete, saxofone, flauta e trombone) e contou ainda com participações de gente como Fernanda Abreu, Sandra de Sá e Black Alien (ex-Planet Hemp). O trabalho foi registrado no estúdio A Voz do Brasil e mixado no Chile.
O grande destaque da banda neste período foi a cantora paulista Paula Lima. Formada em Direito e pianista, ela já havia integrado os grupos Unidade Bop e Zomba e feito vocais de apoio nos discos 23, de Jorge Benjor, e Preste Atenção, de Thaíde & DJ Hum. Em 2000, ela se desligou do Funk Como Le Gusta para seguir em carreira-solo. Seu álbum de estréia, É Isso Aí, chegou às lojas no ano seguinte, pelo selo Regata Música.