A idéia não poderia ser mais rock and roll. Moleques de 14 anos se reunindo para tocar num apertado quarto de um apartamento no oitavo andar. O terror dos vizinhos nos finais de semana tinha um nome: Mordeath! Como qualquer banda, diversos integrantes e diferentes nomes passaram por aquele apartamento até que quatro anos mais tarde, os moleques já não eram tão moleques assim e encresparam suas idéias. Nascia o FRIZZY.
Formado por Alex Peçanha nos vocais e guitarra, Zé Roberto no baixo, Michel Araújo nos teclados, pelo baterista Carlos Negão, Diogo Drummond na percussão e Bruno Scantamburlo, ou simplesmente BG nas guitarras, o sexteto deixou o a revolta de lado e caiu dentro da solidão adolescente do emocore.
Por isso, nada mais FRIZZY do que um olhar não correspondido no pátio da escola, um ônibus lotado na volta pra casa e contar dinheiro no fundo do bolso para completar as horas de ensaio. Nada mais FRIZZY do que Madureira ou qualquer outro bairro do subúrbio carioca! Pois é. Nesse meio ambiente cercado das mais diversas tribos urbanas – do samba ao funk – o FRIZZY invoca a voz roqueira suburbana que ecoa na cabeça dos que gostam de boas melodias contrastadas com guitarras do velho rock and roll.
O que começou tosco foi se refinando com o passar do tempo e a experiência dos mais variados palcos – muitos deles sem a mínima condição de abrigar uma banda – foram apenas um estágio para os integrantes do FRIZZY, que chegam ao seu primeiro CD independente (2004). De nome homônimo ao da banda e composto de onze faixas, FRIZZY vem cheio de gana, influenciado pelo rock gringo de bandas como Creed e Silverchair aliados ao pop brazuca do Jota Quest e LS Jack.
No cenário musical atual, onde o amor já foi cantado de todas as maneiras possíveis, FRIZZY é sincero e transparente. Aborda o tema de uma forma simples e direta, sem lirismos ou artimanhas. Eles não vieram para complicar e nem se propõe a explicar. No fundo são apenas os mesmos moleques fazendo o que mais gostam: levar um som com a galera.
