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Biografia de Fred Martins

O cantor, compositor e violonista Fred Martins, o vencedor em 2006 do 9º Prêmio Visa de Música Brasileira, tem uma trajetória singular na música brasileira. Depois de quatro meses de competições, onde 24 músicos disputavam o Prêmio de Melhor Compositor, o vencedor foi o violonista carioca Fred Martins. O paulista Danilo Moraes ficou em segundo e o mineiro Kristoff Silva em terceiro.

Nascido em Niterói, Fred Martins inscreveu-se de última hora no 9º Prêmio Visa de Música Brasileira - Edição Compositores. Nos 45 minutos do segundo tempo. Foi alertado por amigos, que ficaram no pé dele até que entrasse na competição.

Fred não é dado a participar de festivais. Já havia entrado em algumas competições, mas nunca tinha ganhado nada. Pouco antes de a final do Prêmio Visa ser realizada anteontem, no Tom Brasil - Nações Unidas, o compositor já se dizia feliz por ter ficado entre os cinco finalistas.

E qual não foi sua surpresa ao ouvir o mestre-de-cerimônias Nando Reis anunciar seu nome como o primeiro lugar da premiação. Foi o preferido no voto do júri e do público presente. Levou R$ 110 mil e a gravação de um cd pela Gravadora Eldorado, graças aos jurados, e uma viagem a Bonito, graças à platéia. Não é a primeira vez que votos do júri e popular estiveram sintonia: Monica Salmaso, Dante Ozzetti, Yamandú Costa e Renato Braz já haviam passado por essa experiência.

O cantor e compositor Fred Martins é um nome singular na música popular brasileira. Depois de uma longa trajetória de formação, que conta com 10 anos transcrevendo partituras para os Songbooks produzidos por Almir Chediak (como os de Tom Jobim, Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso, entre outros), Fred Martins é reconhecido através de suas composições.

Ao longo de sua carreira, grandes intérpretes da música brasileira gravaram suas composições, como: Maria Rita (Sem aviso), Ney Matogrosso (Novamente e Tempo Afora) e Zélia Duncan (Flores e Hóspede do Tempo), entre outros.

Em 2001, Fred lançou seu primeiro CD Janelas.

Em maio de 2005 Fred participou do Projeto Pixinguinha.

Seu novo cd, “Raro e Comum”, que conta com as participações especiais de Ney Matogrosso na faixa título e de Zélia Duncan na canção “A música em mim”, foi lançado pelo selo MPB em outubro de 2005.

Fred dono de criatividade e ritmos bastante particulares, o fluminense disputou ao lado de nomes conhecidos da música popular brasileira, como João Donato e André Abujamra e conquistou, além do prêmio máximo, o voto popular conferido pelo público presente no Tom Brasil, em São Paulo.

Além da gravação do CD, o compositor teve sua obra registrada em DVD, num show realizado no Bourbon Street em São Paulo , numa parceria da Gravadora Eldorado com o Canal Brasil - fato inédito na história do prêmio. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2007.

A trajetória de Fred conta com uma longa formação musical iniciada em sua adolescência. Durante dez anos transcreveu partituras para os Song Books, produzidos por Almir Chediak. Recentemente suas canções passam a ser gravadas por grandes intérpretes da música brasileira como Maria Rita ("Sem Aviso"), Ney Matogrosso ("Novamente" e "Tempo Afora") e Zélia Duncan ("Flores" e "Hóspede do Tempo").

Em 2001, Fred lança seu primeiro CD, "Janelas" e, em 2005, "Raro e Comum", que conta com as participações especiais de Ney Matogrosso e Zélia Duncan.

Em 2005 e 2006, Fred participa de editais como Projeto Pixinguinha, Música na Caixa e Pauta Funarte.

Em fevereiro de 2006 apresenta seu trabalho na IP Week, em Londres e, em outubro, faz os shows de abertura do Brasil Plural, festival anual de cinema brasileiro, em Munique, Alemanha.

Em 2008, lançou o CD e DVD Tempo Afora, com espetáculos em diversas cidades brasileiras.

Em 2009 Fred Martins interpreta bossas autorais do recém lançado CD Guanabara, o quarto de sua carreira, além de composições do CD e DVD Tempo Afora, pelo selo Sete Sóis. Guanabara - uma explícita declaração de amor à bossa nova, o estilo musical surgido à beira da Baía que deu nome ao estado federal extinto pela ditadura militar - revela as principais referências musicais do compositor, que dialoga com o samba de Cartola, Nelson Cavaquinho e Paulinho da Viola, ao lado de Baden, Vinícius e João Gilberto. O trabalho também expõe a vitalidade e a inspiração de Fred Martins como violonista.


A Guanabara de Fred Martins é um lugar onde se pratica a delicadeza. Onde há músicas que falam de amor sem resquício de pieguice, sem a agressividade de melodias pueris. É como se fosse um enclave atemporal traçado pela memória dos seres mais lúcidos, estes que sobrevivem à desfiguração monstruosa que se impõe à natureza e à gente do Rio de Janeiro, e não se rendem.

Nas treze faixas do disco, o artista nascido e criado em Niterói, RJ, optou por arranjos fidelíssimos ao que há de melhor na escola bossa-novista. Nada de concessões às supostas modernidades, nem tampouco uso exagerado de brinquedos tecnológicos. É a velha bossa, nua e crua, composta por Fred Martins e seus parceiros habituais: Marcelo Diniz, Manoel Gomes, Francisco Bosco (filho de João Bosco) e Fred Girauta.

Guanabara é mais uma confirmação de que Fred Martins é um compositor de caligrafia própria, que joga dentre os melhores surgidos no Rio na última década. Um autor que canta bem, e que convence pela sua autenticidade. Um cara que já compôs obras-primas como Raro e Comum (com Marcelo Diniz), »Noite de São João« (um poema musicado de Fernando Pessoa) e Além do Qualquer (com Manoel Gomes).